quinta-feira, 15 de abril de 2010

Engajando talentos: Como lidar com as diferentes gerações?

por Hugo Nisembaum/Miguel Nisembaum

Seria muito eficiente (porem chato e pouco criativo) se todos nós respondêssemos a vida num mesmo estilo de comunicação, com um mesmo conjunto de valores, e os mesmos “óculos” para tomar decisões. Ainda bem que as coisas não são assim.

As pessoas respondem a situações de maneiras muito diferentes, como resultado de muitos fatores: experiências de vida, crenças, orientações políticas, formação e muito mais.

Tanto na força de trabalho como no mercado, um elemento emergente deve ser levado em consideração: as diferenças entre gerações.

Colaboradores que pertencem a diferentes gerações tendem a responder de forma diferente a diversas abordagens de gestão e a incentivos.

Hoje convivem nas empresas pelo menos três gerações. É fundamental entender cada uma delas, suas principais características, e as principais diferenças.

Um outro aspecto a levar em consideração: a etapa da vida profissional e o impacto no engajamento de cada uma das gerações.

Devemos conhecer, compreender e respeitar as diferenças, porem ao mesmo tempo buscar respostas que possam servir a todas e que contribuam para estabelecer uma ponte entre as mesmas.

Existem dois aspectos que consideramos de fundamental importância na busca desse denominador comum:

· gerar um clima de confiança entre todos.

Confiança é uma questão que de fato impacta todas as gerações nas empresas.

A grande diferença é que os baby boomers e geração X , até por um aspecto de hierarquia mais vertical e formal da organização, não tinham as perspectivas e expectativas claras.

A geração y é mais informal e vai exigir mais transparência de saída, e o fato é que hoje as organizações sendo mais horizontais permitem com que os líderes, expectativas e perspectivas estejam mais acessíveis a todos.

E no fundo ter expectativas, perspectivas claras e ter acesso aos líderes para discuti-las é algo que é apreciado por todos.

O segundo aspecto é:

· trabalhar promovendo o sucesso sustentável

Sucesso sustentável significa causar o maior impacto possível pelo maior período de tempo. Esta é uma necessidade comum a todas as gerações.

A abordagem que propomos para isso é trabalhar nos Pontos Fortes, que para nos são a soma de Talentos, Conhecimentos, Habilidades e Experiências.

Talentos são para nos capacidades naturais das pessoas. Também definimos como pensamentos, comportamentos, sentimentos freqüentes que podem ser aplicados produtivamente.

A identificação dos talentos nos permite criar uma nova linguagem, e através dela apontar os pontos fortes nossos e dos nossos colegas.

É um convite a olhar as virtudes de cada um, aprender a trabalhar juntos e aceitar as diferenças e os diferentes.

E como essa equação dos pontos fortes pode variar de geração para geração?

É natural que as gerações X e baby boomers tenham mais resolvidos aspectos de ansiedade e foco, mas também são menos flexíveis e estão habituados a impor uma única forma de alcançar resultados.

Já a geração Y tem um aspecto de ansiedade mais presente e está habituada a responder a muitos estímulos ao mesmo tempo, ou seja, estão sempre em busca do novo, com isso acabam buscando diferentes formas de atingir resultados.

É importante estabelecer um processo de complementaridade onde as gerações anteriores auxiliem as mais novas na gestão da ansiedade e na concentração de energia nas suas ações visando resultado, e que entendam e fiquem atentas as soluções propostas pelas gerações mais novas para chegar aos resultados esperados.

É mais inteligente, econômico, proveitoso, gerar um circulo virtuoso que promova o potencial existente em cada uma das gerações.





segunda-feira, 12 de abril de 2010

Descomprometimento dos colaboradores: Um fenômeno global que pode ser consertado.

Artigo traduzido por Miguel Nisembaum do site da revista Fast Company .

por KATE SWEETMAN

Seus colaboradores realmente acreditam que seus líderes de fato os valorizam? Como um líder pode saber? O que um líder pode fazer para mudar as coisas para melhor com o risco de perder seguidores?

Estas foram algumas das questões que apresentei a Michael Hyter, presidente da Novations, uma firma de desenvolvimento de lideranças com base em Boston, MA com prática mundial em engajar o desenvolver a diversa força de trabalho atual. Ele é co-autor do livro O poder da Inclusão.

Mike acabava de colocar suas malas no chão depois de uma viagem de seis semanas pela Ásia, Austrália, África e Reino Unido, quando eu o entrevistei. O propósito da viagem, ver como 5 gerações em ambientes de trabalho ao redor do mundo estão se sentindo em relação ao local onde trabalham e como seus líderes os tratam.

O que ele descobriu? Mike me apresentou exemplos falta de engajamento em todos os portos:

“ Um banco em Singapura lutando para encontrar talentos para seus processos de sucessão; uma companhia de Biotecnologia em Tókio perdendo colaboradores da Geração Y; um call center de um Banco em Hong Kong frustrado com altas taxas de turn over, especialmente com os profissionais jovens; um empresa de produtos de consumo da Austrália desesperada para desenvolver habilidades gerenciais e engajar e inspirar sua força de trabalho.”

Sua maior descoberta- Confiança é um problema global. Questões de confiança podem ser maiores em cenários de recessão, mas falta de confiança é universal e afeta todas as Gerações ( Especialmente a Y).

A resposta, diz Mike, é o líder parar de concentrar suas energias somente em suas necessidades egoístas (“trabalhe mais com menos!”), e colocar-se de fato no lugar dos outros (“Onde estamos indo?”). Qualquer coisa diferente disso desconecta o líder de seus colaboradores.

É um ótimo conselho mas como um líder sabe onde está pisando? Você tem um problema de lealdade ou não? Certamente seus colaboradores e companheiros de equipe sabem o quão duro têm sido. “Se você consegue ser realmente honesto consigo mesmo,não é difícil saber se a confiança existe. A prova dos nove: Você ouve alguma informação negativa de sua equipe? Se não ouve você tem um problema de confiança. Se tudo que você escuta é positivo ou neutro ( o que é pior!), você sabe que sua equipe não ousa contar as más notícias. Você não fez o suficiente para construir uma relação de confiança. Quando pessoas só trazem 50% das notícias, estão trazendo também 50% dos seus esforços."

Então qual o antídoto? Alguma coisa pode ser feita com os personagens, ou o líder precisa limpar a casa e começar de novo?

“Líderes criam mudança. Eles podem também mudar esta situação , se realmente querem mudar a maré do turn over antes que ela comece." Mike sinaliza quatro passos concretos.

Passo 1 : Gerentes e Líderes, Conheçam-se: É dito que organizações não constroem confiança, mas gerentes sim. Líderes tendem a graduar-se mais confiáveis e confiados por aqueles à sua volta. Líderes devem saber o que os outros pensam através dos meios disponíveis: pesquisas de clima, conversas aprofundadas e outros mecanismos de feedback. Uma imagem clara dos pontos fortes e fracos é o começo do plano para desenvolver confiança.

Passo 2: Equalizar comportamento e intenções: Isto pode soar estranho, mas confiança pode ser separada em elementos discretos: cuidado, consideração, credibilidade e consistência. Líderes podem aprender a equacionar suas boas intenções com atitudes observáveis.

Passo 3: Ajudar os colaboradores a se verem na organização no futuro: Colaboradores precisam de uma visão clara para onde a organização está indo e como eles se encaixam nessa visão. Eles precisam saber como podem alavancar seus talentos e paixões para preencher as necessidades da organização no futuro. Isso requer uma comunicação ampla freqüente e verdadeira em conversas diretas com os colaboradores.

Passo 4: Comprometer-se com o desenvolvimento de toda a equipe: Um sistema de destaque só para as “estrelas”, é um inimigo da lealdade e engajamento, exceto para alguns poucos. Líderes que criam um ambiente de trabalho em que todos os colaboradores se sintam valorizados e respeitados em suas opiniões e contribuições diárias conseguem muito mais lealdade e comprometimento onde a coisa importa, ou seja no dia-a-dia. Hoje em organizações cada vez mais horizontais líderes efetivos desenvolvem os outros através de projetos multidisciplinares, ou que desafiem os limites “a zona de conforto de seus colaboradores”, delegar papéis de liderança em equipes e outras tarefas que os ajudem a desenvolver novas habilidades.

Leia o artigo original aqui - http://www.fastcompany.com/1601551/employee-un-engagement-a-global-phenomenon-that-can-be-fixed

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Os desafios para os próximos 50 anos explicados com blocos de Lego.

Dr. Hans Rosling. Explicando os maiores desafios do mundo nos próximo 50 anos para um mundo estável com blocos de Lego.

Famoso por apresentar infográficos de forma criativa o professor do Instituto Karolinska em Estocolmo, fala neste vídeo sobre Governança Global e o conceito equivocado que muitos têm sobre os países em desenvolvimento.



segunda-feira, 5 de abril de 2010

Sucesso Sustentável: do desejo a realidade.

por Hugo Nisembaum


Sustentabilidade é uma palavra que acompanha qualquer declaração de boas intenções. O aquecimento global e as condições político-econômicas são pontos de atenção permanente. Em quanto o mundo ao nosso redor está em alerta constante, o nosso sucesso e bem-estar podem ser apenas temporários.

Um futuro positivo para nós e para aqueles ao nosso redor exige uma perspectiva mais ampla que leve em conta o bem estar dos contextos físicos e sociais nos quais a nossa vida se desenvolve.

Precisamos levar em consideração o impacto “indireto” das nossas ações.


Em quanto à maioria dos trabalhos em sustentabilidade foca nos efeitos no ambiente físico, a Psicologia Positiva agrega uma dimensão importante ao observar o efeito em cada pessoa. A sustentabilidade da energia positiva delas é crucial, são elas que conduzem os projetos, os negócios, as maquinas.

Promover um efeito positivo e alinhamento com os seus Pontos Fortes contribui para o aumento da energia pessoal. Pontos Fortes para nós são a soma de talentos, conhecimentos, habilidades e experiências, e a utilização destes aumenta a nossa energia pessoal.

Quando as pessoas refletem sobre os momentos em que estão aplicando os seus Pontos Fortes, e mais especificamente, os seus talentos, suas capacidades naturais, descrevem um efeito energizante.

Ao investir esforços para conseguir metas significativas ao invés de simplesmente resolver problemas, esta energia cresce ainda mais.

O uso dos Pontos Fortes na busca de aspirações nobres pode ser um elemento fundamental na criação de organizações sustentáveis.