quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Usando os seus Pontos Fortes no trabalho.



por Hugo Nisembaum

O que queremos dizer exatamente quando propomos nos concentrar em usar os nossos Pontos Fortes no trabalho ao invés de tentar concertar os pontos fracos?

O que isso muda no que fazemos todos os dias?

Qual é a primeira providência a tomar?

A recomendação de usar os Pontos Fortes é excelente, porém não é tão simples e óbvio de colocá-los em prática. 

Entendendo os Pontos Fortes e os Fracos.

Temos aplicado nos nossos clientes seminários sobre a metodologia dos Pontos Fortes. Aprendemos com a experiência de quem trabalha com essa abordagem no Brasil já faz seis anos.

Utilizamos nossa metodologia para identificar os principais talentos das pessoas e como estes quando somados aos conhecimentos, habilidades e experiências específicas do trabalho podem se transformar em Pontos Fortes.

Todos ficam realmente entusiastas e acham muito interessante conhecer os seus talentos, agora com nome e sobrenome, porém a pergunta que fica no ar é:

“O que eu faço diferente de forma a construir meu trabalho e/ou a minha vida com base nos meus Pontos Fortes?”

Tomar consciência dos seus talentos é um excelente mobilizador, e justamente por isso, devemos aproveitar para promover ações concretas que permitam de forma gradual ir incorporando os nossos Pontos Fortes no nosso trabalho.

O fato de descobrir que possuo o talento de Desenvolvedor (a capacidade de identificar os talentos dos outros e ajudá-los a progredir) me informa de um aspecto que pode influenciar a construção dos meus Pontos Fortes, porém ainda não me diz quando e como usar.

E nós somos os melhores juízes para definir quais são os nossos Pontos Fortes, já que os vivenciamos no trabalho. Quando os usamos nos sentimos energizados. Quando usamos nossos pontos fracos, sentimos como que a nossa energia fosse sugada.

Saímos à procura de atividades que realçam os nossos Pontos Fortes e preferimos diminuir aquelas que reforçam os nossos pontos fracos.

Aprender novas habilidades ou informação que estejam a serviço dos nossos Pontos Fortes é um prazer. Não é a mesma coisa quando estes aspectos estão dirigidos aos pontos fracos.

Constatamos que a identificação dos talentos, e os conhecimentos, habilidades e experiências necessários para a construção e utilização plena dos seus Pontos Fortes é um momento propicio para elaborar um Plano de Desenvolvimento Individual e de realizar um Redesenho do Trabalho.

Os principais motivos para usar os Pontos Fortes no trabalho:

Constatamos que a utilização dos Pontos Fortes no trabalho contribuem para:

  • ·        Aumentar o potencial de desempenho e engajamento no trabalho.
  • ·        Renovar e/ou aumentar o significado e propósito do trabalho.
  • ·        Conhecer como alocar melhor o tempo e energia nas diversas atividades.
  • ·        Facilitar o fluxo de idéias criativas para aprimorar tarefas e relacionamentos específicos.
  • ·        Ampliar a visão de conjunto do trabalho.
  • ·        Aprimorar as conexões humanas ligadas ao trabalho.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Buscando objetivos maiores? Então mire além deles!



por Miguel Nisembaum

Aplicar nossos pontos fortes no dia a dia é muito importante, nos deixa energizados, entusiasmados.

Essa satisfação e energia crescerão significativamente se você definir objetivos a médio/ longo prazo.

Mas para isso é preciso algumas mudanças na direção do olhar.

A tendência natural é mirar pra frente, e graças a isso temos o imediatismo, pouco espaço pra inovação e por que não pra crescimento.

Mesmo que você use seus pontos fortes de forma fácil e freqüente, pensando somente em curto prazo em algum momento seu entusiasmo cairá.

Imagine um arqueiro que precisa atingir um alvo a 90 metros de distância, se ele atirar sem inclinar o arco para cima, a flecha perderá força e cairá antes de chegar ao alvo.

Por isso a essa distância é necessário encontrar o ângulo correto e apontar a flecha para cima, ela fará uma parábola e finalmente atingirá o alvo. 

Outro dia buscando material pra postar no blog encontrei  este vídeo de Viktor Frankl argumentando por que é importante acreditar no potencial positivo do ser humano. Ele fez uma figura muito interessante.

Aos 67 anos ele começou a ter aulas de pilotagem e seu instrutor comentava que para aterrissar num determinado ponto ( em caso de vento lateral) era preciso fazer uma trajetória em parábola. Caso o avião seguisse a trajetória em linha reta pousaria num ponto abaixo do desejado.

É Como aparece na figura abaixo. 


Para que o melhor de cada um possa despertar é importante apontar objetivos maiores, traçar uma trajetória em parábola. 

Se você seguir  numa trajetória linear provavelmente irá aterrissar em um ponto abaixo do planejado.

Portanto desafie-se, pense na manifestação máxima dos seus pontos fortes e vá a cada passo direcionando a aplicação deles aos objetivos definidos e quando menos espera terá atingido o alvo.



quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Segundo pesquisa da University of Michigan as pessoas podem ver o trabalho de 3 formas muito diferentes



1- Um Emprego -Um meio de sobreviver, ganhar dinheiro e manter um estilo de vida

2- Uma Carreira - Uma Oportunidade de crescer e se desenvolver

3- Uma vocação - Uma chance de auto-realização e de fazer a diferença no mundo.

Vale a reflexão: Como você vê seu trabalho?

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Bem-estar e sua empresa


por Jules Peck, tradução e adaptação Miguel Nisembaum

Uma nova visão sobre o significado do que é ser próspero e desenvolver-se como indivíduo e sociedade está tomando parte do mundo dos negócios. É inspirada pela junção de diferentes disciplinas incluindo psicologia positiva, economia do bem-estar, economia do prazer ( hedonomics), neurociência e marketing.
Por muito tempo coincidentemente alguns ganhadores do prêmio Nobel , como Amartya, Senador Jospeh Stigliz e Dan Kahneman, questionando qual era o real significado da prosperidade. Em 1968 em um discurso Robert Kennedy questionava o PIB como uma medida válida, outras evidencias como o Happy Planet Index e o Genuine Progress Indicator estão desafiando a associação tradicional entre riqueza,crescimento, bem-estar e prosperidade. 
Esse indicadores mostram por exemplo, que apesar do crescimento econômico desde os anos 1970, nas nações consideradas desenvolvidas o índice de satisfação com a vida se estabilizou. Trabalhos acadêmicos e de empresas de pesquisa mostram que apesar do incremento no nível de renda, apenas 7% do bem-estar vem da renda. 
Os principais elementos que elevam o bem-estar são proximidade aos amigos, família e comunidade, generosidade e voluntariado; estar fisicamente ativo; ter objetivos de vida e continuar aprendendo; estar atento e engajado. É isso o que a New Economics Foundation chama de “Os 5 caminhos para o bem-estar” e estão em vias de adoção pelo Governo Inglês.
 Combinando isto com a conclusão de que ultrapassamos o limite no que diz respeito à pressão que o planeta e sua macroeconomia podem suportar.
É crescente o consenso que o crescimento da macroeconomia é um risco que já está levando a mudanças de clima e exaustão dos recursos finitos dos quais nosso modo de vida depende. Outra evidência vem de trabalhos como os dos Professores Tim Jackson e Peter Victor sugerindo que não necessariamente é necessário crescer para entregar o tipo de coisas que se espera de uma economia bem-sucedida. Outros mostram que estamos chegando ao fim do crescimento, gostemos ou não.
Como resultado destas forças, uma nova economia está emergindo questionando o significado de prosperidade e postula que invés de concentrarmo-nos em riqueza crescente deveríamos concentrar nossas energia no bem-estar. Esta linha de pensamento vem de um segmento significante da sociedade que está se sintonizando no modo de pensar de Thoreau – “Um homem é rico quanto maior a proporção de coisas das quais consegue viver sem.”
Marcas como Coca-cola, flertam há muito tempo com a linguagem da felicidade. Outras como IKEA, Nesquick, Dunkin Donuts e BMW mais recentemente começaram a sintonizar suas marcas com a “felicidade”. Mas há ainda poucos sinais de que as companhias estão realmente tentando entender a complexidade e riqueza nas pesquisas sobre bem-estar, desenvolvimento , psicologia positiva e economia do bem estar. Mas as coisas parecem estar mudando.
Recentemente um dos CEOs mais influentes da Inglaterra, Ian Cheshite da Kingfisher B&Q ( loja de matérias para reformas DIY- faça você mesmo), falou sobre a necessidade de um novo capitalismo que priorize bem-estar e não crescimento.
Cheshire é só um de um grupo de CEOs no mundo que estão trabalhando duro nos bastidores para entender como podem evoluir seus modelos de negócios para que seus produtos , serviços e marcas apóiem o máximo desenvolvimento de seus clientes, trabalhadores e sociedade em geral. Empresas como SSE e Virgin estão realizando experiências em mapear os aspectos  de bem-estar junto aos seus produtos, serviços e atributos de marca, considerando – por exemplo estudos que mostram que gastar dinheiro em experiências traz bem-estar maior do que comprar objetos materiais – isso pode ( e deve) alterar as suas estratégias.
A pedra filosofal dessas empresas tornou-se “O Dividendo do Bem-estar”, onde reais esforços de sustentabilidade podem ser evidenciados, incrementando ao invés de prejudicar a qualidade de vida  e bem-estar do cliente e da sociedade. A Unilever por exemplo está comprometida em aumentar o bem-estar de 1 milhão de pessoas, promessa feita a companhia precisa no que é necessário para chegar a essa meta.
O movimento parece estar se equilibrando para um próximo passo tornar a teoria realidade prática através da experimentação e inovação.