terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Uma dose de gratidão pode salvar o dia

Tradução e adaptação Miguel Nisembaum
Esta é uma adaptação de um dos artigos mais comentados no New York Times do dia de ação de graças. Você pode ler o original clicando aqui.

Psicólogos vem estudando as consequencias de agradecer.
Cultivar uma atitude de gratidão foi relacionado com melhor saúde, boas noites de sono, maior satisfação a longo prazo com a vida, um comportamento mais gentil com os outros. Um novo estudo mostra que sentir gratidão faz com que as pessoas sejam menos agressivas quando provocadas.
Você não é do tipo que agradece com tanta freqüência? Algumas dicas de psicólogos que fizeram pesquisas sobre o tema.
Comece com “gratidão light” – É esse o termo utilizado por Robert A. Emmons da Universidade da Califórnia, para a técnica utilizada em seus experimentos pioneiros conduzidos em conjunto com Michael E. McCullough da Universidade de Miami. Eles instruíram as pessoas a manter um diário listando cinco coisas pelas quais eram gratos, como a generosidade de um amigo, algo que tenham aprendido, um por do sol que tenham gostado.
O diário de gratidão era curto – só uma frase por cada uma das cinco coisas – e feito uma vez por semana, após dois meses os efeitos foram significativos.
Comparado com o grupo de controle as pessoas que mantiveram o diário de gratidão estavam mais otimistas e sentiam-se mais felizes. Eles reportaram menos problemas físicos e gastaram mais tempo se exercitando.
Mais benefícios foram encontrados em um estudo com sobreviventes de pólio e outras pessoas com problemas neuromusculares. Aqueles que adotaram o diário de gratidão relataram estar mais felizes e otimistas do que o grupo de controle, e o relatório foi confirmado pelos seus cônjuges. Aqueles que agradeciam também dormiam mais rápido e mais a acordavam mais dispostos.
“Se você quer dormir melhor, conte coisas boas e não ovelhas”, o Doutor Emmons aconselha em seu livro “Thanks!” onde esta detalhada a pesquisa.
Não confunda gratidão com sentimento de dívida:
Você pode sentir que é um dever retribuir um favor.
Mas isso não é gratidão, pelo menos não do jeito que os psicólogos definem.
O sentimento de dívida é mais negativo e não traz os mesmos benefícios que a gratidão, esta ultima o inclina a ser gentil com qualquer pessoa, o primeiro não.
Em um experimento da Northeastern University, Monica Bartlett e David DeSteno sabotaram o computador de cada um dos participantes e combinaram para que um colega dos participantes consertasse os computadores.
Depois disso os estudantes estavam mais dispostos a ajudar alguém completamente estranho com uma tarefa não relacionada diretamente. A gratidão promoveu o “karma do bem”. E se funciona com estranhos...

Não contra-ataque
Um experimento recente da Universidade de Kentucky. Depois de entregar um trabalho escrito, alguns recebiam elogios e outros uma avaliação depreciativa do tipo “Este foi um dos piores trabalhos que li na minha vida!”
Em seguida cada estudante era convidado a jogar videogame contra a pessoa que avaliou o seu trabalho. O vencedor do jogo tinha direito de tocar uma buzina contra o perdedor. Não foi surpresa que aqueles que tiveram seus trabalhos insultados, retaliaram seus críticos com um barulho muito superior a aqueles que tiveram avaliações positivas.
Houve uma exceção, no caso de alguns estudantes que receberam uma orientação diferente de escreverem um trabalho sobre aquilo a que eles eram gratos. Depois do exercício a crítica depreciativa tinha menos peso e o ruído ao tocar a buzina foi menor.
“Gratidão é mais do que sentir-se bem”, diz Nathan DeWall, que conduziu o estudo em Kentucky. “Ajuda as pessoas a ficarem menos agressivas aumentando sua empatia. É uma emoção democrática, qualquer um pode experimentá-la até a pessoa mais rabugenta.”
Como cultura perdemos o senso de gratidão frente às conquistas dos nosso antepassados.
E se você acha que a coisa está feia tente vê-la por outra perspectiva como naquela canção da Vida de Brian – Always look at the bright side of life.



Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei o artigo....vale muito apena ser compartilhado...vou encaminhar a amigos. Vamos ajudar a acontecer o "karma do bem".

Obrigada.
Adriana